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Parar de fumar

TABAGISMO

 

O tabagismo é um grande problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Além de ser uma das principais causas de diversas doenças graves, o tabagismo também representa um grande impacto ambiental, econômico e social.  No Brasil, 9,51% da população fuma — quase uma em cada 10 pessoas.

Riscos do Tabagismo:

Fumar está associado a uma série de riscos à saúde, incluindo problemas respiratórios, cardiovasculares e vários tipos de câncer. Você sabia que o tabagismo é a principal causa evitável de morte em todo o mundo?!

Entre os principais riscos à saúde associados ao tabagismo, estão:

  • Doenças respiratórias crônicas, como enfisema e bronquite crônica.

  • Doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, trombose e acidente vascular cerebral (AVC).

  • Diversos tipos de câncer, incluindo pulmão, boca, garganta, esôfago, estômago, rim e bexiga.

  • Complicações na gravidez, como parto prematuro e baixo peso do bebê.

  • Envelhecimento precoce da pele e deterioração da saúde bucal.

 

Malefícios do Tabagismo:

Além dos riscos à saúde, o tabagismo traz diversos malefícios tanto para os fumantes quanto para as pessoas ao seu redor. O fumo passivo está associado ao agravamento de diversas doenças respiratórias.

O cigarro contém uma vasta gama de substâncias químicas prejudiciais à saúde. Algumas das substâncias mais nocivas presentes nos cigarros incluem nicotina, monóxido de carbono, alcatrão, formaldeído, acetona, amônia, arsênico e benzopireno. A nicotina é a substância responsável pela dependência do tabaco, enquanto o monóxido de carbono pode causar danos ao sistema cardiovascular. O alcatrão é conhecido por contribuir para o desenvolvimento de câncer de pulmão, e o formaldeído é um agente cancerígeno conhecido. Essas e outras substâncias presentes no cigarro têm sido associadas a uma série de doenças graves e representam riscos significativos para a saúde dos fumantes e daqueles que estão expostos à fumaça do tabaco passivamente.

 

Outros malefícios do cigarro, além dos que já foram citados acima, são:

  • Infertilidade;

  •  Impotência sexual;

  • Problemas de saúde bucal, como mal hálito e doença periodontal;

  • Catarata;

  • Úlcera gástrica;

  • Perda de massa óssea;

  • Menopausa precoce; 

  • Sangramento menstrual irregular; 

  • Enfraquecimento do cabelo e unhas; 

  • Redução do paladar e olfato

Impacto no meio ambiente:

 

Além de todos os danos causados à saúde, o cigarro também traz um grande impacto ambiental. Todos os anos, a indústria do tabaco desmata 600 milhões de árvores e 200 mil hectares de terra, usa 22 bilhões de toneladas de água e emite 84 milhões de toneladas de CO2 (monóxido de carbono), contribuindo ainda mais para o aquecimento global. A maior parte do tabaco é cultivada em países de baixa e média renda, onde água e terras agrícolas são muitas vezes fundamentalmente necessárias para produzir alimentos para a região. Em vez disso, estão sendo usadas para cultivar plantas de tabaco, enquanto mais e mais terras estão sendo desmatadas de florestas.

Auxílio na Cessação do Tabagismo:

Parar de fumar pode ser um desafio, mas é uma das melhores decisões que um fumante pode tomar para melhorar sua saúde e qualidade de vida. Existem diversas estratégias e recursos disponíveis para auxiliar na cessação do tabagismo, incluindo:

  • Apoio Médico: Consultar um pneumologista para orientação personalizada, prescrição de medicamentos para abandono do tabagismo e monitoramento do progresso é fundamental para conseguir parar de fumar.

 

  • Terapias de Substituição de Nicotina: Adesivos, gomas de mascar e sprays de nicotina ajudam a controlar a abstinência da nicotina durante a cessação do tabagismo.

 

  • Grupos de Apoio e Terapias Comportamentais: Participar de grupos de apoio, terapias individuais ou online pode fornecer suporte emocional e estratégias para lidar com os desejos de fumar.

 

  • Mudança de hábitos: alguns ajustes na rotina são necessários para lidar com a abstinência e manter a decisão de deixar o cigarro, como a prática de exercícios físicos, que é uma forma importante, em curto prazo, de desviar a vontade de nicotina. Outra dica é ter um estoque de vegetais picados, frutas e chicletes sem açúcar para os momentos de fissura (quando vem aquela vontade incontrolável de fumar), em decorrência da ansiedade.

 

  • Aplicativos e Recursos Online: Existem aplicativos para smartphones e sites que oferecem ferramentas úteis, como rastreamento de cigarros evitados, dicas para lidar com recaídas e motivação diária.

E os cigarros eletrônicos?

 

O cigarro eletrônico (ou vape) é um dispositivo que foi lançado inicialmente como um “recurso para ajudar os fumantes a largarem o cigarro convencional”. Muita propaganda foi feita alegando que o dispositivo seria “limpo” e “muito menos nocivo”. No entanto, hoje sabemos que os cigarros eletrônicos também contêm uma série de substâncias químicas que trazem inúmeros riscos à saúde.

Os vapes vêm em vários formatos e tamanhos. A maioria tem uma bateria, um elemento de aquecimento e um local para armazenar líquido. Os cigarros eletrônicos produzem um aerossol aquecendo um líquido que geralmente contém nicotina – a droga que causa dependência nos cigarros normais, charutos e outros produtos de tabaco – além de aromas e outros produtos químicos que ajudam a produzir o aerossol. 

 

O aerossol do cigarro eletrônico que os usuários respiram e exalam do dispositivo pode conter substâncias nocivas, incluindo:

  • Nicotina

  • Aromatizantes como diacetil, uma substância química associada a lesão pulmonar

  • Glicerina vegetal – forma a acroleína que é responsável por danos pulmonares e cardiovasculares

  • Produtos químicos causadores de câncer (como o formaldeído)

  • Metais pesados, como níquel, alumínio e chumbo

O cigarro tradicional no Brasil tem um limite de 1 mg de nicotina por cada cigarro, enquanto os eletrônicos, que são pequenos e se assemelham a um pen drive, chegam a até 57 mg da substância por ml do líquido. A depender da marca, 1 “pod” tem nicotina equivalente a 12-30 maços de cigarro!!

 

Conclusão:

O tabagismo é uma questão de saúde séria que requer atenção e ação. Conhecer os riscos e malefícios do tabagismo é o primeiro passo para quem deseja parar de fumar e cuidar da sua saúde e daqueles ao seu redor. Buscar auxílio na cessação do tabagismo é fundamental e pode fazer toda a diferença no sucesso do processo de parar de fumar. Lembre-se de que nunca é tarde para tomar a decisão de abandonar o cigarro e buscar uma vida mais saudável e livre dos malefícios do tabagismo.

Vacinação
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VACINAS

 

As vacinas são um dos pilares da prevenção de doenças infecciosas, especialmente em indivíduos com doenças pulmonares crônicas, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma, fibrose pulmonar e outras condições que afetam os pulmões e a capacidade respiratória. Pacientes com essas condições são particularmente vulneráveis a infecções respiratórias, que podem exacerbar seus sintomas pulmonares, levar a hospitalizações frequentes e, em casos graves, até a morte. Portanto, a imunização desempenha um papel crucial na manutenção da saúde e na prevenção de complicações nesses pacientes.

Importância das vacinas em pacientes com doenças pulmonares

A importância das vacinas para pacientes com doenças pulmonares não pode ser subestimada. Infecções como a gripe (influenza), pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae e a doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19), podem ser particularmente graves para pessoas com problemas pulmonares. As vacinas ajudam a reduzir o risco de infecções graves, hospitalizações e o declínio da função pulmonar.

Vacinas recomendadas para pacientes com doenças pulmonares

1.Vacina contra a Influenza:

A vacinação anual contra a gripe é recomendada para todos os indivíduos adultos portadores de doenças pulmonares crônicas, como enfisema pulmonar, DPOC, asma, fibrose cística, fibrose pulmonar, dentre outras. A gripe pode ser extremamente grave nesses pacientes, aumentando o risco de pneumonia, exacerbações da doença e hospitalizações. 

         

A gripe é causada por diferentes tipos de vírus influenza, sendo o A e o B os mais relevantes para humanos. A influenza A é classificada em diversos subtipos, com ênfase para o A (H1N1) e A (H3N2), responsáveis pela maioria dos casos. Já o Influenza B possui duas linhagens: Victoria e Yamagata.

 

Existem 2 tipos de vacinas contra influenza, a trivalente e a quadrivalente. A vacina trivalente, que é disponibilizada no SUS, cobre as cepas H1N1, H3N2 e a linhagem Victoria da influenza B. Já a quadrivalente cobre, além das 3 cepas acima, a linhagem Yamagata da Influenza B e só é disponibilizada na rede privada.

Na rede privada exista ainda a vacina quadrivalente High Dose para influenza (nome comercial Efluelda®), que contém quatro vezes mais antígenos em comparação às vacinas influenza quadrivalentes de dose padrão e está licenciada no Brasil para indivíduos com 60 anos ou mais.

 

Os efeitos colaterais mais frequentes para os dois tipos de vacina ocorrem no local da aplicação: dor, vermelhidão e endurecimento em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.

 

É importante ressaltar que se trata de uma vacina inativada, portanto, não é capaz de causar a doença.

 

2. Vacina contra Pneumococo:

Existem duas vacinas pneumocócicas disponíveis: a vacina pneumocócica conjugada (VPC13) e a vacina pneumocócica polissacarídica (VPP23). Estas vacinas são recomendadas para proteger contra pneumonia causada pelo Streptococcus pneumoniae

A VPC13 contém antígenos dos sorotipos 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F.

A VPP23 contém polissacarídeos da cápsula de 23 sorotipos do Streptococcus pneumoniae: 1, 2, 3, 4, 5, 6B, 7F, 8, 9N, 9V, 10A, 11A, 12F, 14, 15B, 17F, 18C, 19A, 19F, 20, 22F, 23F e 33F. Esses sorotipos são responsáveis por cerca de 90% dos casos de infecções pneumocócicas invasivas, tanto em países da Europa e nos Estados Unidos, como no Brasil.

Recomenda-se a combinação da VPP23 com a VPC13. Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação da vacina conjugada (VPC13) e aplicar a primeira dose da VPP23 seis a 12 meses depois da dose da vacina conjugada. É recomendada segunda dose da VPP23 cinco anos após a primeira. Se a segunda dose de VPP23 foi aplicada antes dos 65 anos, está recomendada uma terceira dose com intervalo mínimo de cinco anos.

As reações adversas mais frequentes, que ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são: dor no local da aplicação, inchaço ou endurecimento; vermelhidão; dor de cabeça e dor muscular.

É importante ressaltar que se trata de uma vacina inativada, portanto, não é capaz de causar a doença.

3. Vacina contra a COVID-19:

A pandemia de COVID-19 destacou a importância crítica da vacinação para a proteção contra o SARS-CoV-2, especialmente em pacientes com doenças pulmonares. As vacinas COVID-19 demonstraram ser eficazes na redução da gravidade da doença, das hospitalizações e das mortes.

4. Virus Sincicial Respiratório (VSR)

Ao contrário do que muitos pensam, a infecção pelo VSR não atinge apenas crianças. O VSR pode levar a hospitalizações dos pacientes com DPOC e asma, configurando um importante agente etiológico causador de descompensação destas doenças.

A vacina está recomendada em dose única para todas as pessoas a partir de 60 anos de idade. A recomendaçãoo é enfatizada para aquelas pertencentes a grupos de risco aumentado para formas graves, hospitalização e óbito decorrentes de infecção pelo VSR.

5. Coqueluche

Pacientes com comorbidades, entre eles os pneumopatas, têm risco maior de quadros mais graves e complicações se infectados pela Bordetella pertussis. A DPOC mais que dobra o risco de pertussis.

Adolescentes, adultos e idosos podem ser vacinados com a dTpa (vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) a cada 10 anos. A vacina dTpa é inativada, portanto, pode ser utilizadas em imunodeprimidos.

6. Herpes Zóster 

A doença é é caracterizada por lesão cutânea localizada, em geral dolorosa, que pode acometer o tórax, podendo levar a um quadro de neuralgia pós herpética. Quando isso acontece em pacientes com pneumopatias, pode interferir na respiração, no mecanismo de tosse e afetar a qualidade de vida desses pacientes.

A vacina Herpes-Zóster recombinante (VZR) é inativada. É recomendada de rotina a partir de 50 anos, no esquema de duas doses (0-2 meses), mesmo para pacientes que já tiveram a doença. 

Perguntas frequentes:

1) Posso tomar a vacina da gripe no mesmo dia da vacina pneumocócica? 

Sim, elas podem ser feitas no mesmo momento em locais de aplicação diferentes.

2) Tomei vacina da gripe, mas continuo ficando resfriado. Porque isso acontece?

A vacina da gripe não protege contra o resfriado comum, que é causado por outros vírus que não o influenza, como o rinovírus e o adenovírus.

3) Tenho alergia a ovo, posso tomar a vacina da gripe?

Sim. Isso porque a quantidade de proteína do ovo usada no imunizante é muito pequena. Estudos mostram que o risco de pacientes com alergia a ovo apresentarem reação a vacina da influenza é igual ao da restante da população não alérgica a ovo.

Aqueles com história prévia de anafilaxia ao ovo, ou seja, que possuem reações alérgicas graves, devem preferencialmente ser vacinados em ambiente seguro, com supervisão médica. Neste caso, o ideal é procurar um hospital que realize a imunização, ou então ir até algum CRIE (Centro de Imunobiológicos Especiais).

Desafios e Considerações

Embora a vacinação seja essencial para proteger pacientes com doenças pulmonares, existem desafios e considerações importantes. A hesitação vacinal, alimentada por desinformação e medo de efeitos colaterais, pode levar à subutilização das vacinas. Além disso, a eficácia da vacina pode ser influenciada pelo estado de saúde geral do paciente, pela presença de comorbidades e pelo uso de medicações imunossupressoras que podem reduzir a resposta imune à vacinação.

É crucial que os pacientes com doenças pulmonares discutam com seus médicos sobre as vacinas recomendadas, considerando seus riscos individuais e benefícios. A imunização deve ser parte integrante do plano de manejo da doença, juntamente com outras estratégias de tratamento e prevenção.

Conclusão

A vacinação é uma ferramenta poderosa na prevenção de infecções respiratórias graves em pacientes com doenças pulmonares. Através da imunização adequada, é possível reduzir significativamente o risco de exacerbações, melhorar a qualidade de vida e diminuir a mortalidade nesse grupo vulnerável. A colaboração entre pacientes, profissionais de saúde e a comunidade é essencial para aumentar as taxas de vacinação e proteger aqueles com doenças pulmonares crônicas.

A educação contínua sobre a importância das vacinas, a quebra de mitos e a promoção de uma comunicação transparente entre médicos e pacientes são fundamentais para superar a hesitação vacinal e garantir que pacientes com doenças pulmonares recebam a proteção que necessitam. No contexto de uma sociedade global cada vez mais conectada, a vacinação não só protege o indivíduo, mas também contribui para a saúde pública ao reduzir a circulação de patógenos infecciosos.

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EMBOLIA PULMONAR

 

A embolia pulmonar é uma condição médica potencialmente grave que ocorre quando um ou mais coágulos de sangue se deslocam para os pulmões, bloqueando uma ou mais artérias pulmonares. Esta condição pode causar danos  aos pulmões devido à limitação do fluxo sanguíneo e à redução do oxigênio disponível para o corpo. Além disso, pode dificultar o bombeamento de sangue pelo lado direito do coração. Entender a embolia pulmonar, seus sintomas, causas, diagnóstico e tratamento é crucial para o manejo adequado da doença e a prevenção de complicações graves.

 

O que é embolia pulmonar?

 

A embolia pulmonar é caracterizada pelo bloqueio de uma das artérias nos pulmões por um coágulo sanguíneo. Esses coágulos geralmente se formam em outras partes do corpo, especialmente nas pernas (conhecidos como trombose venosa profunda), e viajam pela corrente sanguínea até os pulmões. A condição pode variar de casos mais leves, que podem ser tratados ambulatorialmente, a casos mais graves, que requerem atenção imediata, internação hospitalar e muitas vezes em unidade de terapia intensiva (UTI).

 

Sintomas

 

Os sintomas da embolia pulmonar podem variar dependendo do tamanho do coágulo, da parte do pulmão afetada e da saúde geral do paciente. Os sintomas mais comuns incluem:

 

•           Falta de ar súbita e que piora com o esforço

•           Dor torácica aguda que pode tornar-se mais intensa ao respirar profundamente ou tossir

•           Tosse com sangue

•           Aceleração da frequência cardíaca

•           Tonturas ou desmaios

•           Inchaço na perna (é um sinal de trombose venosa profunda, principalmente quando é assimétrico, ou seja, uma perna incha e a outra não)

 

Fatores de risco

 

A principal causa da embolia pulmonar é a trombose venosa profunda (TVP). Fatores que podem aumentar o risco de formação de coágulos incluem:

 

•           Prolongada imobilidade, como por exemplo hospitalização ou repouso prolongado

•           Cirurgias recentes, especialmente as que envolvem quadris, joelhos ou abdômen

•           Histórico de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar prévia

•           Certas condições médicas que afetam a coagulação do sangue, as chamadas trombofilias

•           Tabagismo

•           Uso de contraceptivos orais ou terapia de reposição hormonal

•           Gravidez e o período pós-parto

•           Câncer

•           Obesidade

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico da embolia pulmonar envolve a avaliação dos sintomas, histórico médico do paciente e a realização de testes específicos. Os testes mais comuns incluem:

 

•           Angiotomografia computadorizada (TC) de tórax, que fornece imagens detalhadas das artérias nos pulmões.

•           Ultrassonografia das pernas, para verificar a presença de coágulos nas veias das pernas.

•           Cintilografia pulmonar, que pode ajudar a detectar áreas de fluxo sanguíneo reduzido nos pulmões.

 

Tratamento

 

O tratamento da embolia pulmonar tem como objetivo prevenir o crescimento dos coágulos existentes, prevenir a formação de novos coágulos e tratar os sintomas. As opções de tratamento incluem:

 

•           Medicamentos anticoagulantes, que impedem que os coágulos existentes cresçam e novos coágulos se formem.

•           Trombolíticos (medicamentos que dissolvem coágulos) podem ser usados em casos graves para dissolver rapidamente o coágulo.

•           Em casos selecionados, procedimentos cirúrgicos ou intervenções por cateter podem ser necessários para remover o coágulo

 

Prevenção

A prevenção da embolia pulmonar envolve a identificação e o manejo dos fatores de risco. Algumas medidas preventivas incluem:

 

•           Movimentar-se regularmente

•           Fazer atividade física

•           Manter um peso adequado

•           Manter-se hidratado

•           Não fumar

•           Em caso de hospitalização e cirurgias, é muito importante que seja avaliado o risco de trombose e embolia, avaliando individualmente a necessidade de uso de anticoagulante profilático

 

Perguntas frequentes

  • Tive embolia pulmonar há mais de 3-6 meses, estou usando anticoagulante e continuo com falta de ar, é normal?

Após 3 a 6 meses de anticoagulação é esperado que o paciente tenha melhora dos sintomas de falta de ar. Caso haja persistência desse sintoma, é importante procurar um pneumologista para investigar a causa, principalmente para descartar tromboembolismo pulmonar crônico e hipertensão pulmonar

 

  • Tive diagnóstico de embolia pulmonar recente, posso viajar de avião?

Não existem grandes evidências na literatura sobre o assunto, mas o recomendado atualmente é que se aguarde pelo menos 2 a 4 semanas de anticoagulação efetiva para liberar para viagens aéreas, porém é muito importante perguntar ao seu pneumologista, pois isso pode variar de caso a caso, a depender de comorbidades, da gravidade da embolia e da presença de hipoxemia ou não.

 

  • Tive embolia uma vez, posso ter de novo?

Sim, quem já teve embolia pulmonar ou trombose venosa profunda uma vez tem maior risco de ter um novo episódio. É muito importante a avaliação do risco de recorrência por um médico especialista para avaliar a necessidade de manter anticoagulação por tempo indefinido, caso seja considerado alto risco de um novo evento.

 

  • Quem toma anticoagulante (Xarelto, Apixabana, Varfarina) pode fazer atividade física? 

Algumas atividades físicas como caminhada, musculação e natação estão liberadas, porém esportes que envolvem impacto, trauma ou risco de queda, como por exemplo lutas, jogar futebol, ciclismo, não devem ser realizados por quem faz uso de anticoagulantes, uma vez que há risco de sangramento e formação de hematomas, inclusive intracranianos.

 

  • Quem toma anticoncepcional tem risco aumentado de trombose?

 

Os anticoncepcionais combinados (aqueles que contêm estrogênio na sua composição) podem aumentar o risco de embolia ou trombose, porém esse risco é considerado baixo. No entanto, esse risco pode aumentar caso, além de tomar o anticoncepcional com estrogênio, o paciente também fume e esteja acima do peso.

CIGARRO ELETRÔNICO

O QUE LEVAR NA SUA CONSULTA COM PNEUMOLOGISTA?

1) Exames antigos

  • Radiografia e tomografia de tórax com imagens (não apenas o laudo)

  • Espirometria prévia

  • Ecocardiograma

  • Exames laboratoriais

2) Resumos de alta

  •  Caso tenha ficado internado por pneumonia, crise de asma ou outros motivos respiratórios, é muito importante levar o resumo de alta completo com todas as informações da internação

3) Medicações de uso contínuo

  •  Levar a receita das medicações que está usando

  •  Levar as bombinhas que está usando, para que possamos analisar a técnica de uso e se é o dispositivo mais adequado para você

4) Informações sobre hábitos e estilo de vida

  • Leve detalhes sobre seus hábitos, como tabagismo, consumo de álcool, atividade física e exposição a poluentes ou poeira.

  • Informe se você trabalha em um ambiente com riscos respiratórios

5) Lista de dúvidas e perguntas

  • ​É muito importante que você tire todas as suas dúvidas na consulta!

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